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Periquitos Ondulados





Periquito Ondulado / Inglês
Os periquitos são originários da Austrália, onde ainda voam em estado selvagem no Deserto Australiano, com as suas

características cores verde, amarelo e a cauda azulada e foram descritos, pela primeira vez, em 1700. Têm poucas necessidades de água e comida para viverem e procriarem. Passam a maior parte da sua vida seguindo as nuvens de chuva à espera que esta caia, o que pode levar meses ou anos. Nestas alturas o número de periquitos decresce drasticamente, não só devido à falta de alimento, mas também devido aos predadores que os matam para se alimentarem e às suas crias. Nos anos em que a comida é abundante, os periquitos são uma das espécies australianas mais abundantes. Preferem habitats em campo aberto e arbustos.

Levado para a Inglaterra por John Gould em 1840, o periquito logo se espalhou por toda a Europa, tornando-se a grande sensação devido ao seu comportamento em cativeiro. É também chamado de Periquito Ondulado ou Periquito Zebrado. A sua fama chegou aos Estados Unidos em meados do século XIX. Fama essa que quase os levou à extinção, devido à caça.

A partir da sua coloração original, verde claro com cabeça amarelada, originaram-se várias mutações seleccionadas. Hoje podemos encontrar mais de 200 variações de cores a partir do verde, do amarelo, do azul, do cinza e do branco, em três tipos de tons: o claro, o normal e o escuro Osperiquitos são voadores natos. Na natureza, são sociáveis, viajando em grandes bandos, às vezes de mais de 10.000 aves, de uma área para a outra, em procura constante de água e comida. São muito activos às primeiras horas da manhã e ao final do dia, procurando, no chão, por sementes, a sua principal fonte de alimentação

Os periquitos selvagens procriam durante Outubro e Novembro (início do verão australiano) quando há comida e água. Nidificam em pequenas cavidades nas árvores, pondo de 4 a 6 ovos que a fêmea choca. As crias deixam o ninho 30 dias mais tarde.

Na sociedade dos periquitos não há hierarquias nem territórios. Dois ou mesmo três casais podem partilhar o mesmo ninho e cooperarem com o cuidado e a alimentação das crias. O companheirismo é um laço muito forte entre os periquitos e um par pode manter-se junto durante muitos anos.

A palavra "periquito" teve a sua origem no nome aborigene "betcherrygah", que significa bom pássaro ou boa comida. O seu nome científico é Melopsittacus undulatus, que significa papagaio de canto, com marcas onduladas.

Definição do sexo

Ao contrário do que acontece em muitas outras aves, nos periquitos ondulados é de extrema facilidade distinguir o macho da fêmea, uma vez que existe aquilo a que se chama dimorfismo sexual.

O macho possui a parte superior do bico (carúncula ou cera) de tonalidade azul, na maioria dos casos, e rosada nos machos com redução de melanina nas penas e pele, como os albinos e os malhados.

Por seu lado, a fêmea possui, no mesmo local, uma tonalidade castanha, que se torna mais intensa quando a fêmea está na altura reprodutiva.

Note-se que a distinção entre macho e fêmea, somente é possível efectuar, com segurança, quando as aves atingem a maturidade sexual, pois só nessa altura se definem as cores indicadores do sexo.

Acasalamento

O periquito é certamente uma das aves de gaiola mais populares, não só pela sua beleza mas também devido ao facto de ser uma ave de reprodução fácil.

Efectivamente basta juntar um casal, colocar à sua disposição, pelo menos, dois ninhos, para que a fêmea possa escolher e é vê-los, quase imediatamente, a "trabalharem" para terem descendência.

O próprio acto sexual dos periquitos pode ser observado com facilidade, pois a presença de pessoas não os perturba.

A predisposição para acasalamento revela-se, no macho, por uma excitação que o leva a percorrer os poleitos de um lado para o outro; por uma alteração ocular, com a dilatação da parte central dos olhos; por dar bicadas constantes no bico da fêmea e pela carúncula que fica de um azul brilhante. Na fêmea, esta predisposição revela-se pelo escurecimento da carúncula, que se torna castanho escuro; por aceitar sem retaliar as constantes bicadas do macho e por se aconchegar no poleiro, aguardando ser coberta pelo macho.

Os machos devem ter, pelo menos, 10 meses de idade antes de acasalarem, enquanto que essa idade é de, pelo menos, um ano para as fêmeas e não mais do que quatro anos.

Nidificação

Para ninho, os periquitos precisam somente de uma caixa de madeira, que simboliza os troncos de árvores onde, na natureza, os periquitos selvagens nidificam.

Ao contrário do que acontece com outras aves, não são necessários quaisquer materiais para a construção do ninho, pois a fêmea porá os ovos no fundo deste.

É contudo conveniente que o ninho possua uma pequena depressão central, de forma a evitar que os ovos se espalhem pelo fundo, o que tornaria mais complicado o seu choco.

Depois de juntarmos um casal os ovos começam a ser postos entre o 10º e o 20º dia e são postos com dois dias de intervalo. A média de ovos, por postura, é de cinco e a incubação começa imediatamente após a postura do segundo ovo.

O primeiro ovo eclodirá passados 19 dias e os outros depois de 17. O que significa que as duas primeiras crias eclodirão praticamente em simultâneo, com as restantes a nascerem ao ritmo de uma cria em cada dois dias.

Alimentação

O principal alimento dos periquitos são sementes em geral. Também apreciam frutas e legumes. Veja mais detalhadamente:

Sementes:

Painço, alpiste, sementes de girassol, sementes de milho verde, sementes de milho vermelho, grão de aveia, eu sugiro a mistura para periquitos, encontrada facilmente em casas de rações, mas sempre prestando a atenção se não há bolor, apodrecimento das sementes, ovos ou fezes de parasitas (ratos, varejeira, etc.). Você também pode fazer a sua mistura:

1º Mistura (1Kg):

300 g de alpiste
280 g de semente de milho alvo
150 g de aveia sem casca
100 g de sementes de girassol
70 g de semente de milho vermelho
70 g de semente de milho verde
30 g de níger

2º Mistura (1Kg):

500 g de alpiste
300 g de semente de milho alvo
150 g de aveia sem casca
50 g de sementes de girassol

3º Mistura (1Kg):

350 g de alpiste
300 g de semente de milho alvo ou painço branco
150 g de aveia sem casca
100 g de sementes de girassol
50 g de semente de milho vermelho ou painço vermelho
50 g de semente de milho verde ou painço verde

Adicione em cada mistura farelo de pão torrado e um pouco de sal, pois contém iodo e previne muitas doenças.

Pão Torrado:

O Pão torrado você pode servir seco ou molhado na água.


Verduras e legumes (menos alface, que pode provocar diarreia as aves).

Algumas dicas para principiantes:

1. Quando acasalar os pássaros, certifique-se de que tem sementes suficientes que durem durante a época de reprodução. Não é boa política mudar de mistura de sementes ao longo da época reprodutiva, pois essa mudança podia ter implicações nefastas no crescimento das crias, podendo mesmo chegar a problemas de plumagem.

2. Certifique-se de que existe uma quantidade de sementes suficiente nos comedouros, particularmente quando existem crias no ninho. Habitualmente sopro os comedouros todos os dias e mudo as sementes de dois em dois dias.

3. Dê uma ampla variedade de sementes durante a cria. Num estudo realizado, os casais que alimentaram as crias com mistura de canário nas três primeiras semanas, e mistura normal daí em diante, produziram crias maiores..

4. As vitaminas e os suplementos são muito bons, particularmente nos dois meses anteriores ao acasalamento, contudo, NUNCA dar suplementos vitamínicos na água durante a criação. A fêmea consume elevadas quantidades de água durante a criação, devido a isto consumiria também quantidades adicionais de vitaminas, se estas fossem adicionadas à água. Como consequência a fêmea sofreria de envenenamento por vitaminas e o mesmo iria acontecer com as crias. Se for necessário dar vitaminas durante a época reprodutiva, estas devem ser acrescentadas à papa.

5. Durante a época de reprodução há quem limpe os ninhos diariamente, outros preferem deixar esse trabalho para as fêmeas. Seja qual for o sistema adotado, é necessário limpar frequentemente o acumular de fezes por baixo dos poleiros, pois são uma fonte de doenças.


6. Ocasionalmente, as fêmeas jovens podem ser bastante erráticas na postura. Se isto acontecer, é preferível transferir os ovos para outro casal já estabelecido, substituindo os ovos por ovos artificais. Quando a fêmea se acalma e começa a por os ovos normalmente, volta-se a transferir os ovos.

7. Algumas fêmeas, e mesmo alguns machos, gostam de quebrar os ovos com os bicos. Quando isto acontece, arranja-se um fundo de nicho falso com uma concavidade com um buraco no meio, suficientemente grande para deixar passar um ovo. Quando a fêmea põe o ovo, este irá cair pelo buraco e será transferido para outro casal. Deve existir uma camada de serradura sob o buraco por onde cai o ovo para que este não se quebre durante a queda.

8. Alguns criadores colocam um ovo de plástico no ninho, quando a fêmea põe o primeiro ovo. Este ovo é ligeiramente maior que os ovos normais. Tem dois objectivos: reter por mais tempo o calor, quando a fêmea sai do ninho, o que mantem os ovos quentes; evitar o esmagamento das crias, pois evita que as crias se juntem excessivamente.

9. Quando está chegada a altura do nascimento, há criadores que colocam os ovos numa pequena taça de água morna, durante alguns minutos, para facilitar o nascimento.

10. Se as fêmeas jovens não alimentarem a primeira cria nascida, é normalmente suficiente dar-lhes uma cria mais velha, entre 3 a 4 dias, para que elas comecem o processo normal de alimentação. Se não existir cria nenhuma disponível, tenta-se com um pouco de leite numa colher de chá. Com a cria numa das mãos e a colher na outra, leva-se o bico da cria até à borda da colher. Muito suavemente inclina-se a colher, sem derramar. Observa-se que o papo vai ficando cheio com leite. Não se deve dar leite em excesso, nem forçar, pois o leite entrará por si. Pode ser necessário repetir o processo várias vezes, antes que a fêmea se resolva a alimentar a cria.

11. O arrancar das penas pode ser uma praga. Não há cura para isso e pode acontecer a qualquer momento. Se isto acontecer, deve-se transferir as crias para outro casal. Se não há nenhum casal disponível, pode tentar-se:

• Se as crias j á s ã o suficientemente crescidas: colocar uma t á bua com uma abertura inferior à entrada do ninho, que impe ç a a entrada dos pais. Normalmente os pais continuam a alimentar as crias, sem lhes arrancarem as penas, porque n ã o conseguem entrar no ninho.

• Colocar um tampo de vidro no ninho, normalmente a f ê mea vem c á para fora e somente entra no ninho para alimentar as crias.




12. Não se deve ter grande pressa em separar as crias dos pais, pois as crias desenvolvem-se melhor junto dos progenitores do que afastadas deles. Outra boa ideia é colocar, todas as noites, uma pequena porção de sementes no ninho, para que as crias se habituem às sementes e, ao observarem a mãe a come-las, fiquem com uma boa ideia de como o fazer. Outra coisa é a colocação de uma taça com água no fundo da gaiola, o que impede as crias de desidratarem, que é o factor principal da queda das penas alares e da cauda. Isto acontece com frequência em alguns aviários e é confundido, muitas vezes, com a muda francesa.

13. Nunca se deve ter demasiada pressa de acasalar os pássaros. É de esperar que tenham atingido a maturidade sexual para o fazer. Isto pode verificar-se se, ao colocarmos um ninho na gaiola, a fêmea se mostra interessada por ele. Com os machos não há grande preocupação, pois desde que a fêmea esteja pronta, eles também estão.

14. Nunca se desfaça dos pássaros jovens, antes de terem efectuado a muda, pois muitos pássaros somente mostram o seu verdadeiro potencial depois dela.


Espero que este artigo vos ajude em alguma coisa.

Abraços